Recentemente, o rei Roberto Carlos se tornou o pivô da maior polêmica em que já se envolveu desde o início de sua carreira profissional. Agitou o meio literário e colocou em dúvidas quais seriam os destinos dos 11 mil exemplares que fazem parte de sua biografia não autorizada: “Roberto Carlos em detalhes”, do autor Paulo César de Araújo. Após um acordo judicial que proibiu a produção e a venda dessa publicação, o “rei” andou anunciando aos meios de comunicação: “Nunca pensei em queimar os livros... Nunca pretendi fazer isso. Seria muito agressivo e não sou de fazer as coisas de forma tão drástica”.
Aproveitando o gancho sobre essa questão de queimar ou não documentos que intrigam os perseguidores da memória cultural, o Mundo Fabuloso apresenta um livro, não menos polêmico, de 2006, que percorre cinco mil anos de obras literárias destruídas. Trata-se da História Universal da Destruição dos livros, do autor venezuelano Fernando Báez, que mostra uma pesquisa assustadora da eliminação de bibliotecas inteiras em diferentes momentos da história mundial.
O que se percebe com o trabalho desse jovem escritor sul-americano é que nunca houve uma época sequer no percurso da humanidade, sem que existisse alguma forma de perseguição aos livros e, consequentemente, aos seus autores. Báez inicia sua investigação a partir da antiguidade e relata episódios em que os lendários faraós já eram responsáveis pela queima de inúmeros papiros. Tendo como expoente inicial, Aknhaton, um dos primeiros a agir de tal forma;
Em direção a terra proibida e fugindo do Egito, Moisés foi mais um que contribuiu para esse grandioso estudo histórico, como consta na passagem (Êxodo 32:19) capturada pelo autor do “massacre literário”: “num acesso de cólera, ele atirou as tábuas e as quebrou ao pé da montanha”;
continua acima...
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