"O mundo do faz de conta lado a lado com a realidade"

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

:: DA GAVETA


Espelho, espelho meu.

por Lorreine Beatrice


Quando o Cláudio tirou da gaveta uma das mais conhecidas campanhas da publicidade brasileira que retratou a atmosfera mágica dos contos de fadas, imaginei que valeria a pena comentar só mais um pouquinho sobre a já comentadíssima campanha de O Boticário.


Na semana passada, o Marcos Bonilha bem disse qu
e esta era uma campanha para marcar gerações. Mais do que isto, a comunicação desenvolvida por O Boticário foi parte de um projeto para reposicionar a marca e contou com uma porção de etapas que talvez a gente nem perceba olhando apenas os anúncios veiculados ou lendo sobre o resultado dos esforços.

De acordo com a monografia realizada por Naiane Steinbach de Marchi, falando sobre o markenting, a comunicação e a mídia de O Boticário, o reposicionamento da marca começou com um processo de pesquisa de mercado para definir o perfil do público e a imagem que os consumidores tinham da empresa e de seus concorrentes.

O público em questão demonstrou um desejo por novidades, confessou sua rotina de embelezamento e a satisfação em receber elogios. Para eles, os produtos de O Boticário tinham um certo poder “transformador”, uma magia imensurável impregnada à marca.

A partir daí, tudo ficou mais claro: as lojas passaram a ser o ambiente mágico, as consultoras tornaram-se fadas-madrinhas. E “você pode ser o que quiser”.

Após a campanha “Contos de Fadas”, criada pela Almap BBDO, sentimentos de autoconfiança, transformação, fantasia, beleza e ousadia ganharam espaço no quadro de valores relacionados à marca.

Com um público essencialmente feminino, o uso dos contos de fadas reforçou o romantismo típico de O Boticário, sem deixar de lado as pitadas de ousadia tão relevantes para a mulher moderna. Os anúncios trouxeram ainda a desejada sensação de mudança e de reconhecimento da beleza.

A marca não parou por aí. Nos últimos anos, a preocupação de O Boticário em estar sempre próximo ao consumidor levou a empresa a monitorar redes sociais virtuais. Tal trabalho foi estudado na monografia sobre Gestão de Marca nas Redes Sociais Virtuais, de Joana Dambrós, mostrando que o monitoramento virtual permite verificar não apenas a imagem de marca, como também opiniões sobre os produtos e sugestões de lançamentos. É o que chamamos de gestão colaborativa de marca.

Quando as ferramentas de marketing, pesquisa, relacionamento e comunicação são usadas com pertinência, a marca se torna parte da vida dos consumidores, é presença constante em suas histórias e permite campanhas que volta-e-meia a gente tira da gaveta e coloca sobre a mesa para inspirar.


Lorreine escreve para o Mundo Fabuloso todas as quintas-feiras na seção “Espelho, espelho meu”.

e-mail: lorreinebeatrice@gmail.com

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

:: DJ TIESTO NO GUARUJÁ


PELO MUNDO AFORA...

A última postagem do Mundo Fabuloso para esse mês de janeiro rola só amanhã nas mãos da Lorreine. Mas enquanto isso não acontece, (pra quem curte música eletrônica da melhor qualidade) vamos conferir todos os detalhes do "Carnaval Eletrônico" que o "Top e reconhecidissímo" Dj Tiesto apresentará no próximo dia 2, aqui no Guarujá.

Clique no Pelo Mundo afora
...

...e confira uma de suas famosas parcerias com Christian Burns no clipe in the dark que já rolou por aqui. Aperte o play!


o site do cara

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

:: SETE ANÕES NO VATICANO


TÁ NA HORA DA PIADA!

Os sete anões fizeram uma excursão ao Vaticano e, chegando, foram correndo falar com o Papa. Dunga, o mais agitado dos sete, foi logo perguntando:

- Papa! Papa! Aqui no Vaticano tem alguma freira anã?

O Papa ficou constrangido com a pergunta do pequeno orelhudo, mas respondeu, sem perder a calma:

- Não, meu filho... Não existe nenhuma freira anã no Vaticano...

- Anhh... – decepcionou-se o anão, enquanto os seus amigos cochichavam, segurando as risadas.

- Mas, Santo Papa, existe freira anã na Itália, não existe?

- Não, Dunga! Na Itália também não existe nenhuma freira anã...

Os outros seis riram, agora um pouco mais alto e Dunga não desistiu:

- Mas... Excelentíssimo Papa, na Europa tem freira anã, não tem?

- Não, Dunga, não existe freira anã em nenhuma parte Europa...

Até que os outros seis anões não se agüentaram e soltaram gargalhadas. Mas Dunga persistiu:

- Anhh... Senhor Papa, deve existir freira anã na África ou na América, não é?

Então o Papa começou a perder a paciência e disse:

- Não, Dunga! Não existe freira anã na África, nem na América, nem na Ásia, nem na Oceania, nem em lugar nenhum!

Os seus pequenos amigos, que já estavam rolando e chorando de tanto rir, organizaram uma roda e começam a pular e gritar, em coro:

- O Dunga comeu um pingüim! O Dunga comeu um pingüim!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

:: DEIXA EU TE CONTAR UMA HISTÓRIA...


Espelho, espelho meu.
por Lorreine Beatrice


Se todo dia de manhã, você abrisse o seu armário e encontrasse somente camisetas iguais ou vestidos do mesmo modelo, a escolha seria bem mais simples, não? (nada de perder o ônibus nem de chegar atrasado ao trabalho...)

As técnicas de produção em massa (surgidas a partir da Revolução Industrial) fizeram mais ou menos isso: tornaram produtos fisicamente iguais. Para ser aquela gravata vermelha especial e predileta, empresas e produtos tiveram que procurar outros caminhos no mercado de consumo.

As mudanças começaram a aparecer também na publicidade. Os anúncios com alto grau informativo (os famosos reclames) foram perdendo espaço para apelos mais subjetivos, com todas aquelas coisas que a gente já sabe: conceitos, emoções, humor, sentimentos.

Hoje em dia os meios são muitos. Inúmeros canais de TV, web, guerrilha. Mas a essência da mensagem continua praticamente a mesma dessas que começaram a aparecer no fim do século XIX. O objetivo? O tão camarada “persuadir e envolver o consumidor”.

Aí entra a narrativa. Você está cansado de ouvir que as histórias fascinam os homens desde os tempos mais remotos. Que os contos de fadas ajudam a encantar e a instruir crianças. Pois é, na publicidade, isso também funciona.

A narrativa está presente em diferentes graus na linguagem publicitária. Há peças, porém, que literalmente contam uma história. Por vezes com começo, meio e fim. João A. Carrascoza denominou este tipo de mensagem como dionisíaca e destaca sua capacidade de entreter e até surpreender o receptor.

Tem histórias curtas como a deste anúncio da Talent, para o Dulcolax. Uma típica versão dos contos de fadas atualizada, que diminui a importância do sacrifício e aumenta a satisfação do fim feliz.

clique na imagem!

"Era uma vez uma mulher que só comia cereais e fibras, bebia água o tempo todo, praticava exercícios todos os dias e nunca prisão de ventre. Aí... bom, aí ela acordou."


Tem histórias reais e conhecidas, como a da campanha da Lew’Lara, para o Associação Brasileira de Anunciantes, em que todo mundo cantou junto.



Muitas outras peças poderiam e vão aparecer com o tempo por aqui. E você? Qual o anúncio que conta a sua história predileta? Incrível como a narrativa está mais presente na nossa vida do que a gente imagina. Aliás, a própria vida já uma narrativa. É tudo uma questão de metalinguagem.

contato: lorreinebeatrice@gmail.com

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

:: O BOTICARIO E SUAS PRINCESAS


FANTÁSTICAS E EMPOEIRADAS


Essa é clássica!

No ano de 2005, O Boticário também entrou na onda do mundo da fantasia. Com a campanha “Conto de Fadas” produzida pela agência AlmapBBDO, foram apresentados quatro anúncios e quatro outdoors trazendo Branca de Neve, Cinderela, Chapeuzinho Vermelho e referências a cavaleiros e dragões.

Branca de Neve

Na versão para revista, o texto ficou assim:

“Era uma vez uma garota branca como a neve, que causava muita inveja não por ter conhecido sete anões. Mas vários morenos de 1,80 m”.

Cinderela

Na versão para revista, o texto ficou assim:

“Gabriela vivia sonhando com seu príncipe encantado. Mas, depois que e la passou a usar O Boticário, foram os príncipes que perderam o sono”.

Chapeuzinho Vermelho

Na versão para revista, o texto ficou assim:

“A história sempre se repete. Todo Chapeuzinho Vermelho que se preze, um belo dia, coloca o lobo mau na coleira”.

Cavaleiros e dragões

Na versão para revista, o texto ficou assim:

“Um belo dia, uma linda donzela usou O Boticário. Depois disso, o dragão que ela tanto temia ficou mansinho, mansinho e nunca mais saiu de perto dela”.


ficha técnica - anunciante: o boticário produto: institucional diretor de criação: marcello serpa redatores: sophie schoenburg, roberto pereira diretores de arte: roberto fernandez, luiz sanches fotógrafo: bob wolfenson ilustrador: adelmo produtor gráfico: josé roberto bezerra

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

:: KELLY CLARKSON E SUA BELA ADORMECIDA

ESPECIAL DA SEMANA

Numa versão modernizada e suntuosa construida para seu novo trabalho musical, a cantora Kelly Clarkson se vale da história de A Bela Adormecida para mandar um recado e dar um basta ao seu indesejável Príncipe Encantado.

por Cláudio Brasil


O conto de A Bela Adormecida segue na contramão de muitas histórias clássicas que frisam grandes feitos por parte de seus heróis, cuja finalidade era de que eles conhecessem profundamente a si próprios. A Bela Adormecida, porém, enfatiza a concentração e a espera para se chegar a esses mesmos resultados. Onde períodos de passividades são colocados como essenciais para a obtenção do crescimento pessoal.

E é isso que Kelly Clarkson, a primeira grande revelação do programa American Idol de 2002, mostra em seu novo videoclipe Dont’ t Waste Your Time, segundo single do seu 3º álbum My December, uma das gravações pop de 2007 mais discutida e analisada pela critica comercial.

Pode até parecer estranho para quem não está por dentro ou não se lembra (ainda que superficialmente) do enredo da “donzela dorminhoca”, legalmente explorado pelos brothers Grimm e pelo cortesão Charles Perrault, que era expert em distrair princesas com suas diplomáticas releituras. Mas nesse novo filme, Clarkson apresenta símbolos pra lá de adequados para apresentar aos seus fãs sua mais nova canção.

Queiram os críticos admitir ou não, o clipe responde muito bem a proposta contida no Conto de Fadas. Não fosse pela letra (é bem verdade) que poderia ter sido mais bem adaptada ao vídeo, este estaria tecnicamente perfeito. Mas ainda assim, Dont’ t Waste Your Time não foge da essência da história e reproduz adequadamente aos interesses da narrativa literária.

Veja como ele ficou...


Hoje em dia, esse lance de calmaria e concentração no “eu interior” parece soar como uma tremenda perda de tempo, ainda mais quando proposto por um Conto de Fadas (não é verdade?). Mas o texto de A Bela Adormecida vem com a mensagem de que nem sempre a agitação e o “ter que fazer algo o todo tempo” resultam no alcance de objetivos satisfatórios. E por mais que haja variações de detalhes nessa história, o tema central de suas diferentes versões sempre foca que, por mais que os pais tentem de todas as formas impedir o despertar da sexualidade do filho, esse ocorre inevitavelmente. Essa conquista da maturidade é necessária e aparece de forma singular e pessoal.

Então vamos aos símbolos...

Nas diversas variantes de A Bela Adormecida a maldição nunca muda, é sempre a mesma: a menina em fase de adolescência espetará o dedo em um fuso (instrumento de fazer fio) e morrerá. Porém, uma das fadas bondosas se apresenta capaz de modificar esse perverso destino transformando-o num aceitável “sono de cem anos”. (Razoável, não?... Brincadeira!!!) Esse “período alegórico” de preparação é indispensável e a despertará para um amadurecimento necessário dali por diante.

Para as meninas, a idade dos quinze anos, em tempos passados, marcava a época em que ocorria a primeira menstruação, e esse dado é representado (no vídeo que acabamos de ver) pelo “vestido vermelho” utilizado pela cantora Kelly Clarkson.

Simbolicamente a menstruação refere-se a “fatal maldição feminina” firmada na narrativa oral. Para uma garota (assim como para um rapaz, de modo diferente, é claro) o sangramento, como o da menstruação, é uma experiência esmagadora se ela não estiver emocionalmente preparada para isso.

Então..., surpreendida pelo episódio de um sangramento inesperado, a Princesa cai num longo sono, protegida de todos os pretendentes e de encontros sexuais prematuros, por um muro impenetrável de espinhos. Espinhos esses que aparecem em todas as cenas de Dont’ t Waste Your Time, através de efeitos especiais, servindo de defesa para a imaturidade da moça e a guardando como uma “pedra preciosa”.

Os espinheiros surgem como advertência às crianças e aos pais, alertando que o despertar do sexo antes da mente e do corpo estarem prontos para ele é totalmente destrutivo e inadequado.

A letra de Dont’ t Waste Your Time contraria a condição inicial do que foi listado pelos famosos escritores desse texto imaginário. E Kelly aproveita esse tempo de introspecção para reavaliar a importância de seu Príncipe Encantado em sua vida, e lhe dá um “ultimato” colocando em primeiro plano sua satisfação pessoal.

Na história tradicional, ao adquirir experiência física e emocional suficiente, A Bela Adormecida torna-se pronta para o amor, o sexo e o casamento. O muro de espinhos subitamente se transforma numa cerca de admiráveis flores que se abre para o Príncipe entrar. (conotações sexuais, hein?).

Um “renascimento” num conto de fadas sempre representa a aquisição de um estado mental mais elevado, e a “Cantora Pop” se apropria dessa simbologia pra dizer em sua música que caiu em si e que despertou para uma nova vida, abastecida com o que de melhor a feminilidade pode lhe conceder.


Essa história que é meteoricamente sintetizada em Dont’ t Waste Your Time é muito mais rica e repleta de simbolismos freudianos do que se pode imaginar, motivo pelo qual vale a pena uma sondada em A Psicanálise dos Contos de Fadas, de Bruno Bettelheim, por exemplo, e mais um confere nesse clipe que não poderia ficar de fora do nosso Mundo Fabuloso.


Aperte o play!


Mensagem final:

Não se preocupe e não tente apressar as coisas, no seu devido tempo, os problemas impossíveis serão solucionados, como que espontaneamente.


website: www.kellyclarksonweb.com

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

:: SÓ MAIS UM SOBRE H. POTTER


Espelho, Espelho meu.
por Lorreine Beatrice

O bruxinho mais famoso de todos os tempos. Um fenômeno de mercado. A jornada de um herói moderno. Um bando de clichês reunidos. A saga mais encantadora do último século. Todo mundo já leu, ouviu ou até mesmo teceu comentários sobre um dos mais famosos personagens da atualidade (perceba que também eu me rendo a rótulos para definir) - Harry Potter.

Chegando ao fim da saga (sim, ainda estou lendo o sétimo livro, na edição norte-americana), parece que tudo já foi dito sobre a história. Todos os segredos plenamente desvendados, teorias psicológicas (e até “diabólicas”) totalmente postuladas, críticas e elogios. Só porque eu - uma seguidora da série sem ser fã em excesso - já estou ficando com saudades, resolvi mesmo assim tentar escrever uma breve receita de uma obra que, bem ou mal, foi cunhada ao sucesso.

Você já deve ter percebido que a história de Harry Potter tem tudo a ver com contos de fadas, mitos e todas essas narrativas ancestrais que povoam o (tão falado) inconsciente coletivo.

Para começar, tem-se boas colheradas do que chamamos de “jornada do herói”, alguém que sai do seu mundinho comum para lançar-se em aventuras e, com virtude, vencer os obstáculos rumo ao triunfo. Igualzinho aos contos de fadas que conhecemos e um caminho que Harry segue direitinho, seja em cada volume da série, seja quando pensamos no enredo como um todo.

Ah, o enredo vai deixando várias pontinhas (segredos aqui, pistas ali) que vão se encaixando de maneira consistente e convincente. Valores como a amizade, o respeito, a perseverança e todas essas coisas bonitas que as narrativas tentam transmitir também são um fermento, quase nunca aparecendo como uma moral simplória e ponto. Intertextualidades aguçam o sabor: lendas e mitos europeus não faltam para deixar o mundo de Harry ainda mais fabuloso.

Completa-se a receita com fartas xícaras de personagens bem “alinhavados”, que têm sua própria história, que também crescem e mudam. Eles se dividem (sim!) entre o bem e o mal, mas também têm suas dúvidas, medos e fraquezas.

A mistura disso tudo dá à história de J. K. Rolling um delicioso prato para a identificação: alguns jovens, uma escola, desafios incríveis e várias amizades. Quem nunca quis estudar em Hogwarts, ter um diretor como o Dumbledore ou usar uma varinha de condão para resolver problemas aparentes?

Em como tantas histórias que se perpetuam, o final feliz sempre vem. Especialmente para os leitores que sempre acabam por descobrir coisas novas a cada aventura.

contato: lorreinebeatrice@gmail.com


quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

:: HILARY DUFF – CINDERELA, CANTORA E ATRIZ.

No próximo final de semana (21 e 22 de janeiro) a galera teen promete lotar as instalações do Via Funchal, em São Paulo, durante as apresentações da cantora e atriz americana, de 20 anos, Hilary Duff. Ela que já vendeu mais de 13 milhões de cópias de discos por todo o mundo, chega ao Brasil para dar seqüência a turnê de seu 7º álbum, Dignity, que marca sua carreira como compositora.

Referência para o público adolescente, Hilary desfruta do sucesso tanto na música quanto nas telas da tv (onde estrelou a série Lizzie McGuire, da Disney Channel, que lhe projetou mundialmente) e do cinema com os filmes “Cheaper by the Dozen”, “Agent Cody Banks” e Cinderela story, esse último tem tudo a ver com nosso Mundo Fabuloso.

Traduzido para o Brasil, Cinderela Story vira A nova Cinderela, um filme que repagina o conto de fadas da “bela moça dos sapatinhos de cristal” e que mostra a história de uma garota que conhece seu príncipe encantado pela internet. (Bem moderno, não?).

Essa hilariante comédia romântica de 2004 apresenta uma jovem estudante do ensino médio, Sam Montgomery (Hilary Duff), vivendo sob o domínio de uma madrasta egoísta e de suas terríveis filhas. (situação típica como sugere o clássico conto). Isso sem falar no dilema que a moça vive ao descobrir que sua "alma-gemea cibernética” é seu colega de escola, o superpopular jogador de futebol americano Austin Ames, interpretado por (Chad Michael Murray), da série One Tree Hill, da fox.

Hilary também já foi protagonista em Gasparzinho e Wendy, em 1998, no qual viveu a bruxinha Wendy. Em 2006, além de fazer uma pequena participação no seriado adolescente (e mexicano) Rebelde, fez questão de aparecer nos cinemas ao lado de sua irmã mais velha, Haylie Duff, no filme Material Gils que foi baseado na música da rainha do pop Madonna.

Seus próximos projetos incluem os longas War, Inc., Foodfight!, Greta e Safety Glass. Mas enquanto eles não rolam nas telonas, confira as informações para os shows que essa jovem pop star fará em Sampa e também no Rio de Janeiro, ainda nesse mês.

Programação

:: São Paulo

Quando: dias 21 (segunda) e 22 (terça) de janeiro, às 21h
Onde: Via Funchal, Rua Funchal, 65, Vila Olímpia, tel. (11) 3188-4148 (Call Center)
Quanto: R$ 140 (pista) - R$ 190 (mezanino) - R$ 300 (camarote)

Vendas online: www.viafunchal.com.br

:: Rio de Janeiro

Quando: 24 de janeiro (quinta-feira), às 22h
Onde: Vivo Rio, Av. Infante Dom Henrique, 85, Pq. do Flamengo, tel. (21) 2169-6600
Quanto: R$ 140 (pista) - R$ 200 (camarote B) - R$ 250 (frisas) - R$ 300 (Camarote A)

Informações: www.vivorio.com.br

Horário: 21:30
Gênero: Dance/Disco/Pop
Idade Mínima: livre
Faixa Etária: livre

Ah!!! Já ia esquecendo. Confira agora no Soda Pop o clipe Stranger de Hilary Duff,

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Nesse verão não mude a estação.


Revista Mundo Fabuloso, uma boa opção.
www.mundofabuloso.blogspot.com

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

:: A BÍBLIA E OS CONTOS DE FADAS

De acordo com fontes referenciais que tem servido de base para o desenvolvimento do meu projeto acadêmico que, previsivelmente, abordará a influência dos Contos de Fadas nos meios de comunicação”, apresento aqui, a ligação da literatura infantil com as histórias do Velho Testamento, que se apresentavam como um fator quase que exclusivo para responder angustiantes fragilidades morais e pessoais da humanidade.

Por quase toda a existência humana as histórias da Bíblia, os Mitos e os Contos de Fadas sempre fizeram parte da literatura que se comprometia a edificar a essência crítica de crianças, jovens e dos adultos. Muitas narrativas das escrituras sagradas podem ser reconhecidas com fácil semelhança nos contos de fadas. Pinóquio, por exemplo, do escritor italiano Carlo Collodi, faz uma analogia ao conto de Jonas e a Baleia, (passagem bíblica que consta no livro de Jonas), onde um profeta hebreu luta, constantemente, para fugir das exigências de sua consciência (o superego) e contraria o que havia sido determinado por Deus.

ilustração: Galvão

Nesse conto, o “Senhor” recomenda que Jonas pregue contra a maldade do povo da cidade de Nínive (oriente), mas o profeta tentando se livrar da responsabilidade que Deus colocou em seu caminho, opta pela fuga. A prova que testa sua fibra moral, é como em tantas outras narrativas de fadas, uma viagem perigosa onde ele terá que superar questões internas e morais sobre o que acredita e o que vem como determinação divina.

A viagem de Jonas por um mar em fúria o coloca no estômago de um imenso peixe, semelhante como ocorre na história original de Collodi, e que tinha o propósito de transformá-lo num homem melhor. Segue o trecho da fábula: “... Mas surge o gigantesco Tubarão, o “Atila dos Peixes”, e o boneco é engolido. Na escuridão da barriga monstruosa, uma voz grossa dialoga com ele...”.

É nessa situação de extremo perigo que os personagens de ambos os contos, percebem suas moralidades mais elevadas e se redimem, estando dispostos a enfrentar as exigências rigorosas, de seu deus supremo (em Jonas) e da consciência (em Pinóquio). Porém, essa “renovação interior” não se apresenta de forma suficientemente considerável a ponto de que Jonas evite escapar de tarefas árduas, e nem que deixe de desejar a destruição da cidade perdida dos temidos e odiados assírios.

Ao lado Jonas e a Baleia por Gustavo Doré


Jonas e a Baleia trata da desobediência cega, aquela que chega a renegar a sabedoria divinal (representada como a consciência, na história de Pinóquio, exposta na figura de O Grilo Falante) e de julgar todo um povo de acordo com a estrutura regida por princípios individuais. O resultado de tudo isso: castigo soberano. A composição da narrativa de Pinóquio também segue por esse viés, apresentando um personagem como todos nós, que erra, sofre e se redime para chegar a ser gente.

Em geral, o que se percebe na comparação dessas duas armações narrativas, é que as histórias bíblicas sugerem essencialmente uma única solução para os impulsos condenáveis pela humanidade. Enquanto que os “Contos de Fadas” permitem, através de uma satisfação fantasiosa, resolver as ansiedades existenciais e mostram que os caminhos a serem percorridos são individualizados e atribuídos unicamente a quem os assimila. O texto original de Pinóquio é, por si só, uma grande experiência rica em detalhes, que permite inúmeras leituras por públicos de diferentes idades. Deve ser por isso, que a trama do boneco de madeira ultrapassou as fronteiras da Itália, de onde surgiu em 1881, e se tornou um patrimônio universal da instigante literatura infantil.

Fonte: Wickipédia, Bíblia de estudos Plenitude – revista e atualizada por João Ferreira de Almeida

sábado, 12 de janeiro de 2008

:: JOHNNY - UM TRAFICANTE CARISMÁTICO

Momentos divertidos e também de apreensão, aliados com doses contínuas de humor inteligente esperam por quem for ao cinema conferir Meu Nome Não É Johnny, novo filme estrelado por Selton Mello, que trata a temática das drogas por um ângulo humanístico, trazendo esse intrigante dilema da juventude para o centro das discussões.

por Cláudio Brasil

Ele chega no rastro de Tropa de Elite e dá continuidade a uma série de questionamentos que se interligam em relação a violência, ao tráfico de entorpecentes e o consumo desenfreado de drogas. Meu Nome Não É Johnny que já em sua primeira semana de exibição levou mais de 222 mil espectadores às salas dos cinemas brasileiros, surge com a história “do personagem classe média” João Guilherme Estrella. Mas quem é essa famosa figura da história do trafico?

João Estrella, o protagonista desse instigante longa de
Mauro Lima, é apresentado ao público na pele do talentoso ator Selton Mello, que revive nas telas a extraordinária história de um “cara de boa família” que se expõem as ilusões, aos prazeres e as dores que a perda de limites impiedosamente lhe proporciona.

“Ele tinha tudo, menos limite.”

Um sujeito popular que viveu intensamente sua juventude entre amigos e o mundo da contravenção. Uma figura boêmia que se lançou nas mais loucas e proibidas aventuras, sem se preocupar com as conseqüências, e se tornou o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro, nas décadas de 80 e 90.

Muito da identificação que o espectador demonstra ter com o personagem principal, se dá por seu carisma inquestionável que é exposto na trama. Elemento que aproxima e convida a platéia a torcer pelo “usuário inconseqüente” na luta por sua recuperação e a esperada absolvição no tribunal.

A fita não tenta passar lição de moral e nem faz julgamentos ditatórios, apresenta sim, as fragilidades comuns a todos nós e as seqüelas de atos impensados. Mas mesmo abordando um tema pesado e considerado tabu em nossa sociedade, Meu Nome Não É Johnny se preocupa em focalizar o comportamento do indivíduo e se distancia da questão do vício, mostrando a impressionante capacidade humana de superar os próprios erros e de dar a volta por cima.

Meu Nome Não É Johnny acaba apresentando ao público os problemas da nossa hipocrisia e dos nossos medos. Uma obra que emociona e joga novamente na berlinda o discurso das drogas e seus efeitos. Só que desta vez, trabalha uma outra ótica desse problema: deixa de lado os excluídos previsíveis (os favelados, baixa renda) e se atem aos incluídos classe A, (os mauricinhos de famílias nobres) que como qualquer pobre pode abastecer o movimento e estampar as páginas de jornais de todo o país (como volta e meia ocorre).

Eu fui conferir esse filme que conta com um elenco emocionalmente singular, e que mostra os resultados da busca imprudente pelo hedonismo a qualquer preço, e da sensação de imunidade que enganosamente a juventude parece nos garantir. E, inspirado na idéia contida no
livro homônimo do jornalista Guilherme Fiúza, trago ao Mundo Fabuloso, na estréia da seção Lenha na Fogueira, um espaço para a troca de opiniões sobre esse inquietante e ameaçador Universo das Drogas.


Acesse o site de Johnny

Está aberto o debate!
Deixe suas considerações a respeito do tema. Diga pra gente o que você pensa e em que dimensões esse filme pode ser relevante para a relação dos adolescentes com a polêmica das drogas.

Será que tem alguém disposto a botar mais Lenha na Fogueira?



Ah! Detalhe: faz parte da trilha sonora de Meu Nome Não É Johnny, a música "Mestre Jonas" de Sá, Rodrix & Guarabyra, faixa que linka adequadamente ao assunto que será exibido no meu próximo post intitulado de A BIBLIA E OS CONTOS DE FADAS, Aguarde!