Espelho, espelho meu.
por Lorreine Beatrice
Com admiração ou críticas, é inegável a colaboração de Walt Disney para a difusão e promoção dos contos de fadas em âmbito mundial. Foi Branca de Neve um de seus primeiros longas animados, seguido por Pinóquio, Bambi, Dumbo e tantos outros.
A última produção com a marca Disney é Encantada. Antes da estréia no Brasil, o Cláudio falou sobre filme por aqui. Depois de assistir, fiquei com vontade de também comentar um pouquinho sobre a produção.
Encantada é mais um filme pertencente ao grupo de releituras atuais dos contos de fadas (sendo que um dos mais famosos é o queridinho Shrek, da Dreamworks). O filme faz um mix de histórias clássicas, utilizando-se de símbolos que-todo-mundo-já-viu-ao-menos-uma-vez, como o sapatinho de cristal e a maçã envenenada.
A proposta de colocar fantasia e realidade lado a lado é um interessante fio condutor para a história, afinal, tem-se aí a oportunidade de questionar alguns “valores” clássicos dos contos de fadas e dar a eles um visual, digamos, mais moderno, de acordo com o pensamento e comportamento do ser humano de hoje (e não dos séculos passados, quando surgiu a maioria dessas histórias).
Se nos contos de fadas tradicionais a obediência era um dos mais importantes valores transmitidos para o enredo, nos contos de fadas de hoje a valorização do indivíduo se sobrepõe. O herói não é mais o perfeito, mas sim aquele que segue em frente, geralmente com coragem e bom-humor. Rogridues (2005) resume assim: “[...] o conto de fadas tradicional nos diz: Siga as regras para ser feliz. O conto infantil moderno aconselha, de maneira muito simpática: Seja você sem medo de ser feliz”. Encantada parece seguir exatamente este mote do seja-feliz-sem-medo, vivendo na realidade ou na fantasia.
Quando o filme coloca alguém que veio do mundo da magia (a princesa Giselle) no mundo “real”, tem-se seqüências realmente divertidas, como aquela em que Giselle convoca os animais “reais” para ajudarem na limpeza. Mas também é capaz de causar certos estranhamentos quando faz com que todo mundo de um parque “real” cante e dance como se estivesse em um mundo fantástico. Quase inevitável o espectador pensar: “só em filme, hein?!”.
De qualquer forma, ver Encantada é um bom exercício para perceber que real e fantasia se misturam, tudo depende do que você acredita ou no que quer acreditar.
contato: lorreinebeatrice@gmail.com
3 comentários:
PQP!!!! Que capas de revistas!!!
A no 4 está d+ A 3 tbm ficou da hora.
Qndo eu precisar de ajuda pro jornal, já sei q chamar!!!
Ahhh - já esquecer de comentar sobre o post.
vi o clip e achei bem inteessante - vindo da Disney sei q posso esperar músicas, fotografia e produção perfeitas.
Não sou expert no assunto, mas a idéia foi genial - quem não quer desafiar a própria lembrança relembrando histórias da infância?
valeu mestre!
tbem curto pacas elaborar as capas da revista MF.
ATÉ MAIS!!!
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