Espelho, espelho meu.
por Lorreine Beatrice
...Até o dia em que os produtos e serviços ficaram fisicamente muito parecidos e foi preciso encontrar diferenciais em outros lugares, como na marca, por exemplo. Para a marca ser verdadeiramente um diferencial, ela precisava estar presente na mente do consumidor, ser vista, lembrada a partir de um conceito ou posicionamento específico.
Correndo por fora, mas no mesmo jogo, veio o que a gente chama de publicidade. No princípio bastava falar sobre a existência de determinado produto: Vendem-se pêras fresquinhas na Rua das Flores. Apareciam como classificado ou aos berros, no meio da rua, pelos comerciantes (que além de propagar a mensagem já faziam a venda ali mesmo).
Chegou um tempo, porém, que só enumerar o produto não era suficiente. Era preciso enumerar suas utilidades. De preferência, mil e uma. A gente passou a comprar o que era mais crocante, o que lavava mais branco, o que matava os insetos.
Mas você se lembra onde nossa história começa, não é? Na época em que os produtos eram praticamente iguais e precisou-se vender um conceito. Nessa hora, a publicidade também precisou encontrar diferenciais. Precisou achar um tom mais emocional, afetivo, que falasse mais interiormente ao consumidor e não precisasse elencar uma série de características racionais que nos fizessem pensar – e daí tal produto ser tudo isso?!
Nessa hora, entra em campo a poesia. Poesia? Ela mesma. Que tem o dia de amanhã (14) dedicado a ela. Foi nessa hora que a poesia tornou-se um recurso mais freqüente na mensagem publicitária.
Já aparecia, porém, desde bem antes. No Brasil, poesia e publicidade estão ligadas há mais de 100 anos. Os primeiros redatores foram poetas. Hermes Fontes, Bastos Tigre, Olavo Bilac. Às vezes usavam rimas, provérbios. Deixaram as chamadas mais curtas e cheias de ritmo. Era a preocupação com a estética publicitária em plenos anos 1900.
A verdade é que a linguagem poética é um recurso ainda bastante utilizado, porque tem essa característica de falar universalmente, tocando cada um. Você se lembra de alguma publicidade com jeitinho poético? Abaixo dois exemplos.
O primeiro, de página dupla, parece um poema concretista. Divulga um evento de moda e é criação da agência New360.
O segundo exemplo é uma campanha da JWT para o novo EcoSport. A idéia da campanha é mostrar a sensação agradável de andar no carro. Um lugar onde luminoso é vagalume e fumaça é algodão.
Haveria muito mais para se mostrar. E se você gosta mesmo de poesia, se você acredita que ela pode ser cotidiana, acesse www.pausaparapoesia.com.br e comente.
Bom Dia Nacional da Poesia pra você!
Lorreine escreve para o Mundo Fabuloso todas as quintas-feiras na seção “Espelho, espelho meu”.
2 comentários:
Oi, Cláudio! Passando aqui no Espelho mesmo só para agradecer seu comentário no Pausa.
Valeu por tudo, viu?
Abraços, garoto!
Olá! Acabei de responder um meme no meu blog. E resolvi repassar ele para outros 5 parceiros. O seu blog foi um dos escolhidos. Caso tenha interesse responda o meme, e envie ele para outros 5 sites/blogs da sus preferência. Caso não saiba, o meme é uma espécie de questionário que visa conhecer um pouco mais o dono de uma página, além de ajudar na divulgação da mesma.
Veja o meme respondido no meu blog.
http://subeteanimes.blogspot.com/2008/03/intervalo-pausa-para-responder-um-meme.html
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