"O mundo do faz de conta lado a lado com a realidade"

quinta-feira, 6 de março de 2008

:: ERA UMA VEZ O CONSUMO...

[E AS FADAS-MADRINHAS DA COMUNICAÇÃO]

Especial Semana da Mulher


Espelho, espelho meu.

por Lorreine Beatrice

Hum, essa roupa ficou perfeita em você. Ai que vontade de comer um chocolate. Preciso trocar de celular urgentemente! Céus, essa liqüidação está im-per-dí-vel! Onde eu estava com a cabeça quando comprei isto?!

Quem nunca ouviu, pensou ou disse algo parecido com as frases acima? Descobrir os fatores que nos motivam a consumir ou não é, sem dúvida, a menina-dos-olhos de qualquer profissional de marketing. Fatores quase sempre fáceis de se ver, difíceis de mensurar.

Aquele papo todo de que o consumo não é algo meramente racional parece fazer cada vez mais sentido - ele firma-se como um processo afetivo e inconsciente.

Nessa história toda, a comunicação faz papel de fada-madrinha. Tenta convencer o consumidor que determinado produto / serviço / marca tem um poder transformador e, em especial, de que vai conseguir alcançar as expectativas das Cinderelas por aí.

Sim, porque consumir é ter expectativas e tentar compensá-las. O problema é que nem todo consumidor-Cinderela quer uma carruagem e um vestido com brilhos. O pior: nem todo indivíduo espera pelo mesmo baile nobre com valsa e sinos à meia-noite. Ou seja, além do consumidor querer produtos diferentes conforme suas vontades, ele também espera experiências de compra diferentes.

Entender essas diferenças é fundamental. Nosso velho amigo Jung já dizia que a experiência emocional do indivíduo é essencial para gerar significação. Sendo assim, para o consumo ter sentido perante seu consumidor, ele precisa envolvê-lo de maneira positiva e emotiva. Precisa valer à pena aos olhos do consumidor.


Lorreine escreve para o Mundo Fabuloso todas as quintas-feiras na seção “Espelho, espelho meu”.

e-mail: lorreinebeatrice@gmail.com

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