"O mundo do faz de conta lado a lado com a realidade"

quinta-feira, 27 de março de 2008

:: ÀS ÚLTIMAS PALAVRAS

Espelho, espelho meu.

por Lorreine Beatrice

Representação feminina deste Mundo que conta os dias para o juízo final, faço questão de abordar – em minha última participação por aqui – um dos temas que, em minha humilde opinião, está diretamente ligado ao conto de fadas: a sensibilidade.

Por longo tempo, a humanidade quis fugir dessa habilidade tão inerente à vida. Talvez porque, com o Iluminismo e os avanços da ciência, a razão subiu ao trono e tornou-se soberana.

Por (outro) longo tempo, a sensibilidade pareceu característica meramente feminina. Até que as mulheres cansaram de ser as princesas submissas e resolveram queimar sutiãs em plena praça para poderem ter sua “própria razão”.

Talvez nosso maior erro tenha sido exatamente querer separar dois lados de uma mesma moeda. Como se o sensível não tivesse sua verdade ou sua “razão”.

Aí entram os contos de fadas. Eles sobrevivem até hoje, porque mexem com o que há de mais interior ao ser humano - nossa maneira de entender o mundo. Os contos de fadas querem nos lembrar que o maior segredo para as soluções pertinentes à existência está dentro de nós mesmos. Basta olhar (sensivelmente) e perceber.

Lorreine escreve para o Mundo Fabuloso todas as quintas-feiras na seção “Espelho, espelho meu”.

e-mail: lorreinebeatrice@gmail.com

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