Especial Charles Perrault
Certamente, tamanha rejeição se dá pela demasiada carga de violência que é apresentada no decorrer dos seus relatos. Contudo, O Barba Azul deve ser analisado dentro de todo o seu contexto histórico, ou seja, trata-se de uma obra do século 17, inspirada em dois nobres assassinos europeus do séc. XV e VI, respectivamente, “Gilles de Raís” e “Cunmar da Bretanha”.
Em contos como o de “A Bela adormecida”, “Cinderela” e seguramente um dos mais explorados pela publicidade, “A Branca de Neve”, o casamento sempre surge com a sugestão de fechar um ciclo, de recompensar todo o sofrimento vivido pelas jovens heroínas dessas tramas infantis. Agora,
O próprio nome de Barba Azul parece estar propositalmente relacionado a barbare, aos bárbaros. Ele é símbolo de uma violência animalesca que espreita o lado negro do homem e que se manifesta em figuras reais como “Jack, o estripador” e vários outros seriais killers, como o brasileiro e não menos desprezível, “Maníaco do Parque”.
Em resumo, O Barba Azul trata da narrativa de um homem de riquezas incalculáveis, dono de um castelo e temido por todos na redondeza onde mora. Um dia, já casado novamente, anuncia para sua esposa uma viagem repentina e passa para ela, as chaves dos cômodos do castelo, mas a adverte para que mantenha distância da parte mais baixa do palácio.
Entretanto, como literalmente a curiosidade mata, ela se vale da ausência do marido para conhecer o quarto proibido. Na escuridão da câmara a moça se depara com poças de sangue e várias partes de corpos penduradas por ganchos, e se desespera. Com isso, as chaves caem no chão e as manchas de sangue prometem incriminá-la definitivamente. Apesar de incontáveis tentativas para limpar o molhop de chaves, (acredite!) elas eram encantadas e a acusadora mancha insistia em não querer desaparecer.
"O Barba" retorna inesperadamente da suposta viagem e acaba descobrindo o feito da esposa curiosa. Diante disso, ele decide matá-la com lâminas de sabre, porém, os irmãos da moça chegam para resgatá-la e acabam assassinando o maldito “Barba Azul”. E detalhe, toda a herança fica para ela, a qual termina a história vislumbrando um novo final feliz em outro casamento. (Coragem!!!)
fonte: Prof. M. A . Alexander Meireles da Silva - FEUDUCUniversidade UnigranRio
Um comentário:
Irado esse conto!
Mas contavam isso para crianças?
Se sim, ô louco rs
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