BAÚ DE POSSIBILIDADES

Pippi Meialonga é a personagem de maior sucesso que a escritora sueca Astrid Lindgren deixou para literatura infantil européia. A menina de 9 anos de idade, que herdou de seu pai, o pirata Efraim Meialonga, um baú repleto de moedas e também seu espírito aventureiro é o ponto de partida para o registro desse meu primeiro e "novo testamento". Novo porque, volta e meia, ele tende a se restaurar quando me pego a analisar o que ando carregando nessa incessante caminhada.

De que modo minhas alegrias, os experimentos, meus sonhos e sofrimentos podem contribuir para o futuro de alguém?

Acredito que, assim como todos os outros seres, eu tenha nascido com um baú repleto de possibilidades a serem lançadas ao vento. Fica em minhas mãos perceber o momento oportuno para agir com responsabilidade sobre temas que movimentam o mundo. Mas, conscientemente, não carrego comigo o fardo de ser um exemplo a ser seguido, e nem é esse o meu foco. Porém, se uma contribuição eu pudesse deixar para as futuras gerações, acredito que minha obstinação e meu poder atuante seriam boas opções a serem consideradas. Vejo que o ato de fazer, agir e fortalecer idéias positivas são determinantes para encontrar saídas simples, mas de efeito, para problemas aparentemente assustadores.

Penso que o melhor testamento que posso deixar na terra, não é aquele que é anunciado após a morte, e sim, o que é percebido no dia-a-dia, nas relações, nas atitudes e na maneira de como as coisas podem ser movimentadas por mim. Me omitir em abrir aquele baú carregado de ideologias que herdei ao nascer, pode ser categórico para definir minha pequena atuação na história da humanidade.

Tema: Novo Testamento